segunda-feira, 19 de outubro de 2009

amar.elo


Amar.elo. Elo de amar. Amor-solidão. Elo com o passado ligado ao que se sente. Desligado?
Impedido.
Amor e dor. Amor é dor. Se for, não sei!
Dói.
Solidão prende. Amor não! Amor é liberdade. É o bater de asas, é o cantar, é o correr do rio por entre as pedras. Perdas? É o vento que sopra.
É solidão.
Amar.elo.
Ou é cor, nuvem ou amor... Amor que pinta com cores de aquarela as querelas que na vida passam como nuvens e sonhos que voam como pássaros de fogo que se incendeiam nessa imensidão azul. Amor azul, vermelho fogo. Fogo que cresce dentro de mim. Azul. Azul da alma. Coração. Fogo e lágrima. Vida. Amar.elo. Saudade da solidão e do medo de amar que se esconde no mar que vive em mim.

in.certezas.solitárias


A solidão me faz cócegas, enquanto o calor da campainha me aquece a alma. A solidão faz parte de todas minhas listas negras. Porém, no amor me esqueço dela. O amor é movido pela saudade. A saudade é movida pela solidão, pelo momento que passou. E o que passou pelo amor que se viveu sentido na solidão que se vive agora.


A solidão é o telefone que não toca, a mensagem que não recebe, a carta que não se envia, o beijo que não mais se dá. E amor? Será que ultrapassa aquele bom dia quando nem se acordou direito, um sorriso, um abraço de “Que bom que está aqui”, um olhar de “eu presto atenção em você”, um pedido de desculpa, a saudade do cheiro, do toque do beijo?

Saudade, amor, solidão. Saudade daquele amor, saudade da solidão, solidão no amor, solidão por sentir saudade. Se ama quando se está só, ou apenas se ama quando amando não nos sentimos assim: sozinhos?


Em.cada.sen.ti.mento.meu

Em cada sentimento meu;
Tem um espírito ateu...E uma alma reencarnada...

Um orgulho plebeu...E uma nobreza calada...

Uma certeza nítida...Em eterna dúvida...

Um cruel bandido...E um anjo perdido...

Um livro aberto...E um segredo guardado...

Um futuro incerto...Num instante passado...

Um destino certo...E um projeto abandonado...

Em cada sentimento meu...

Tem um sentido...E um rumo inexistente...

Um desejo contido...E um medo persistente...

Uma vontade que desiste...E uma esperança que existe...

Um desencanto...E um contentamento...

Um amigo santo..E um demônio atento...

Uma inteligência sólida...E ingenuidade...

Uma demência mórbida...E serenidade...

Em cada sentimento meu...

Tem uma contradição...E uma lógica sem chão...

Um desânimo juvenil...E um desabafo senil...

Uma harmonia...Em confusão...

Uma agonia...E uma razão...

Um colapso vulcânico...E a calma de um lago...

Um pânico...E um afago...

Um verso doce e amargo...