sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Tal.vez

Hoje não quero falar de amor.

Basta-me falar de pássaros, sem me lembrar dos ásperos sentimentos calados, amarrados, comprimidos pelo querer falar em amar.

Hoje falo de sol, calor, fogo. Falo de afago, carinho e sonho. Mas, falo distante do amor. Distante daquele sol que mancha, do calor que nos faz suar, do fogo que queima, do amor que sofre. Falo dos afagos sutis de um olhar que sonha sem cobrar carinho.

Falo hoje, amanha não sei e o ontem já foi.

Agora existem vertigens que rodeiam o meu coração, hoje calmo, ontem desesperado e amanha mistério! Isso já não me assusta mais, apenas me instiga a querer sentir tudo outra vez.

Alegria, alegria, alergia. Coração, coração, frustração. Sonho, sonho, sonho.

Vamos, o agora quer partir, o amanha chegar e o ontem descansar.
O amor sofrer, a lágrima escorrer, o coração bater e o pássaro voar.
Acabo de dizer que pro amor não quero mais viver. MORRO VIVO, MORTO e VIVO.

Hoje não quero falar de amor, talvez amanha.